VICE-REITOR DA UNIPÚNGUÈ DESAFIA POLITÉCNICAS A LIDERAREM A AGENDA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PARA SOBERANIA ALIMENTAR

O Prof. Doutor Pedro Guiliche, Vice-Reitor da Universidade Púnguè (UniPúnguè) ministrou nesta quinta-feira, 6 de Março, a aula inaugural de 2025 no Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM), desafiando as instituições politécnicas a assumirem à liderança da agenda de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a soberania alimentar em Moçambique.
Sob o tema “Destruição Criativa: o lugar e a relevância dos institutos politécnicos no desenvolvimento sustentável”, Guiliche desafiou as politécnicas a assumirem um papel central na superação dos desafios alimentares do país.
Com forte actuação em Engenharia Agrícola, e cursos afins, o ISPM foi apontado como um pilar fundamental para “nutrir mentes e empoderar comunidades”, aliando inovação, tecnologia e produção. O professor defendeu a necessidade de uma disrupção no ensino, na investigação e na extensão, propondo laboratórios modernos e soluções criativas para responder às demandas do mercado e às necessidades locais.
“Em tempos de cortes orçamentais, as politécnicas podem ser pioneiras ao combinar saber-fazer com produção”, afirmou Guiliche, fundamentando-se na teoria da destruição criativa de Joseph Schumpeter. No entanto, alertou para desafios impostos pelo neoliberalismo, como a falta de financiamento e as barreiras no acesso à educação, que limitam o potencial transformador das instituições.
Com 271.292 estudantes no ensino superior moçambicano – distribuídos entre instituições públicas e privadas –, e uma taxa bruta de escolarização de 8,46%, o Vice-Reitor provocou a reflexão: como equilibrar capitalismo, socialismo e democracia para tornar a educação um verdadeiro motor de desenvolvimento inclusivo?
Para encerrar, Guiliche lançou um desafio ao ISPM: liderar, na região centro, não apenas na formação académica, mas também na empregabilidade e inovação.
Por: GCC – SEDE

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